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Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) — Conceito, Clínica, Epidemiologia e Psicobiologia | Prof. Dr. Lucas Marques Gandarela | Curadoria: Juliana Galhardi Martins
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Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) — Conceito, Clínica, Epidemiologia e Psicobiologia

Artigo técnico com rigor científico, baseado em CID-11 e DSM-5-TR, com comparativos, linha do tempo e recursos visuais acessíveis. Docente de referência: Prof. Dr. Lucas Marques Gandarela (AMBAN/IPq-FMUSP).

Referência: Prof. Dr. Lucas Marques Gandarela — Currículo CNPq/LattesObservatório USP
Autora, Curadoria científica e SEO: Juliana Galhardi Martins — Psicóloga & Neuropsicóloga (CRP 06/76313)

1) Introdução e Conceito

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) caracteriza-se por preocupação excessiva e dificuldade de controle, acompanhadas de sintomas somáticos (tensão muscular, inquietação, fadiga, irritabilidade, perturbação do sono) e prejuízo funcional.

No DSM-5-TR, os critérios exigem duração de ≥ 6 meses na maioria dos dias, com ≥ 3 sintomas físicos/psicológicos (≥ 1 em crianças). A CID-11 (código 6B00) descreve preocupação persistente, sintomas de ansiedade e prejuízo, com abordagem dimensional nas diretrizes clínicas.

Infográfico — Núcleo Clínico do TAG

Preocupação Excessiva

ruminação

Fluxo cognitivo persistente e difuso, difícil de controlar.

Hiperativação

fisiologia

Tensão muscular, inquietação, fadiga, sono não reparador.

Prejuízo Funcional

impacto

Compromete atenção, produtividade, relações e qualidade de vida.

2) Histórico e Evolução Diagnóstica

Do guarda-chuva das “neuroses” (DSM-I/II) à virada categorial do DSM-III (1980), os transtornos ansiosos ganharam definição operacional. O DSM-5 (2013) reorganiza capítulos e separa TOC/TEPT; o DSM-5-TR (2022) atualiza texto, exemplos culturais e clarifica duração/impacto. A CID-11 (2019/2022) estrutura o capítulo 6B0 com foco em descrições clínicas e diretrizes.

3) Características Clínicas e Diagnóstico

Critérios nucleares

  • Preocupação excessiva, por ≥ 6 meses, em múltiplos domínios.
  • Dificuldade de controlar a preocupação.
  • ≥ 3 sintomas: inquietação/alerta, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, alteração do sono (≥ 1 em crianças).
  • Sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo.

Diagnóstico diferencial (foco em TAG)

  • Transtorno de Pânico / Agorafobia: crises abruptas com pico em minutos e ansiedade antecipatória; na agorafobia o foco é o contexto (fuga/ajuda difícil).
  • TOC: obsessões/compulsões egodistônicas e ritualização (núcleo distinto da “preocupação difusa” do TAG).
  • Ansiedade de doença (antiga hipocondria): preocupação específica com saúde/doença, checagens repetidas.
  • TEPT: relação temporal clara com evento traumático e reexperiência/hiperalerta característicos.
  • Transtornos de adaptação: sintomas ansiosos contextuais e autolimitados a um estressor identificável.
  • Depressão: ruminação pessimista predominante, anedonia e humor deprimido sustentado (comorbidade é comum, mas o núcleo clínico difere).
  • Condições médicas: hipertireoidismo, arritmias, asma/DPOC, dor crônica, deficiência de B12, feocromocitoma.
  • Substâncias: cafeína, estimulantes, descongestionantes, abstinência de sedativos/álcool.

Use entrevista estruturada e rastreios (p.ex., GAD-7) para triagem e follow-up. Exclua causas médicas e efeitos de substâncias antes de confirmar TAG.

4) Epidemiologia e Curso

Prevalência & início

  • Prevalência 12 meses ~3–5% (varia por estudo/país).
  • Início gradual, curso crônico-flutuante.
  • Maior em mulheres; alto uso de serviços de saúde.

Comorbidades & impacto

Alta coocorrência com depressão, outros transtornos de ansiedade, dor crônica e condições clínicas; impacto significativo em produtividade, sono e qualidade de vida.

5) Psicobiologia do TAG

O TAG envolve hiperatividade de redes do salience/medo (amígdala–ínsula) e alterações de controle top-down (córtex pré-frontal/ACC), com viés atencional para ameaça, previsão negativa e evitação cognitiva. O eixo HPA e sistemas GABA/5-HT/NE participam da hiperexcitação. Pesquisas translacionais brasileiras (p.ex., de Lucas M. Gandarela) exploram marcadores inflamatórios e respostas a intervenções com mindfulness/aceitação como ponte entre clínica e biomarcadores.

6) Intervenção Baseada em Evidências

Terapias psicológicas

  • TCC: psicoeducação, monitoramento de preocupações, exposição a preocupações, reestruturação cognitiva.
  • Treino de relaxamento e técnicas somáticas para tensão muscular/sono.
  • ACT/Mindfulness: desfusão, aceitação, clarificação de valores (boa evidência para TAG).

Cuidados integrados

  • Avaliar e manejar comorbidades (depressão, uso de substâncias, dor crônica).
  • Higiene do sono, atividade física, rotinas de recuperação.
  • Alinhamento com atenção primária e protocolos locais.

Plano de segurança e acompanhamento longitudinal reduzem recaídas e uso não planejado de serviços.

7) Quadros de Apoio — TAG vs. outros transtornos

DomínioTAGPânico/AgorafobiaTranstorno Obsessivo-Compulsivo
Foco principal Preocupações difusas, múltiplos temas. Ataques de pânico inesperados + evitação/segurança; contexto de fuga/ajuda difícil. Obsessões egodistônicas e rituais compulsivos.
Curso Crônico-flutuante, início gradual. Episódico com ansiedade antecipatória ou evitação situacional. Persistente; agravado por evitação e ritualização.
Sintomas somáticos Tensão muscular, fadiga, sono, irritabilidade. Sintomas autonômicos marcantes nos ataques. Ansiedade marcada ao resistir a rituais; fadiga mental.

8) Códigos — CID-10 × CID-11 × DSM-5-TR

TranstornoCID-10CID-11DSM-5-TR (Português)
TAGF41.16B00Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno de PânicoF41.06B01Transtorno de Pânico
AgorafobiaF40.06B02Agorafobia
Fobias EspecíficasF40.26B04Fobia Específica
Outros / NEF41.96B0Y / 6B0ZOutros / Não especificados

9) Linha do Tempo — TAG nas classificações

DSM — evolução

DSM-III (1980)Virada categorial
Detalhes

Critérios operacionais para ansiedade; melhora da confiabilidade diagnóstica.

DSM-IV (1994)Refinamentos
Detalhes

Ajustes nos critérios e especificadores; padronização de pesquisa.

DSM-5 (2013)Reorganização
Detalhes

Separação de TOC/TEPT; TAG permanece com foco em preocupação.

DSM-5-TR (2022)Revisão textual
Detalhes

Atualizações de linguagem, exemplos culturais, ênfase em duração/impacto.

Conclusão

O TAG é um fenótipo de ansiedade sustentada, com preocupação difusa, hiperativação somática e prejuízo. A convergência CID-11/DSM-5-TR facilita decisões clínicas; intervenções psicológicas (TCC, ACT/Mindfulness) e cuidados integrados reduzem a carga e melhoram funcionamento. Pesquisas translacionais nacionais, como as de Lucas M. Gandarela, conectam clínica, biomarcadores e desfechos.

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Referências (seleção educativa)

  • CID-11: capítulo 6B0 — 6B00 (Transtorno de Ansiedade Generalizada).
  • DSM-5-TR: critérios do Transtorno de Ansiedade Generalizada.
  • Revisões nacionais sobre histórico, clínica e classificações dos transtornos de ansiedade.
  • Gandarela LM — linhas de pesquisa translacional (marcadores inflamatórios e intervenções baseadas em mindfulness/aceitação).

Para uso clínico, consulte diretamente os manuais oficiais (CID-11/DSM-5-TR) e protocolos locais.

Assinatura profissional: Juliana Galhardi Martins — Psicóloga & Neuropsicóloga (CRP 06/76313). Conteúdo com rigor científico, curadoria editorial e foco em experiência do usuário.

Parcerias: Dra. Débora Vilar (IAN Maceió) • deboravilarneuro.com.br  |  MSc. Karine Martins (IAN Maceió – Neuropsicologia)

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