Linguagem CID-10 CID-11

Linguagem: Saúde Mental e Reabilitação Cognitiva

🗣️ Linguagem: Comunicação, Saúde Mental e Reabilitação Cognitiva

Por Juliana Galhardi Martins – Psicóloga & Neuropsicóloga – CRP 06/76313

O que é Linguagem?

A linguagem é a função cognitiva que possibilita a comunicação simbólica por meio de palavras, gestos, entonação e escrita. É fundamental para a interação social, para a aprendizagem e para a construção do pensamento.

Subcomponentes da linguagem:

  • Linguagem expressiva: produção de palavras, frases e discurso.
  • Linguagem receptiva: compreensão de palavras, frases e textos.
  • Linguagem pragmática: uso da linguagem em contexto social.
  • Prosódia: entonação e ritmo da fala, fundamentais para emoção e comunicação interpessoal.

A avaliação neuropsicológica investiga a linguagem por meio de testes como o Token Test, Boston Naming Test, Provas de Fluência Verbal e subtestes da WAIS-III e WAIS-IV.

Exemplo de Patologias Relacionadas à Linguagem

  • Afasias
    📌 CID-10: R47.0 (Afasia).
    📌 CID-11: MB80.2 (Afasia).
    📌 DSM-5-TR: Transtornos da comunicação associados a lesões cerebrais.
    ➡ Ocorrem após lesões cerebrais, como AVC, impactando expressão ou compreensão da linguagem.
  • Dislexia
    📌 CID-10: F81.0 (Transtorno específico da leitura).
    📌 CID-11: 6A03.0 (Transtorno específico da leitura).
    📌 DSM-5-TR: Transtorno específico da aprendizagem com prejuízo na leitura.
    ➡ Alterações na decodificação e fluência leitora, afetando a escolarização.
  • Transtorno do Espectro Autista (TEA)
    📌 CID-10: F84.0, F84.5.
    📌 CID-11: 6A02.
    📌 DSM-5-TR: TEA.
    ➡ Prejuízos na linguagem pragmática e comunicação social.
  • TDAH
    📌 CID-10: F90.0.
    📌 CID-11: 6A05.
    📌 DSM-5-TR: TDAH.
    ➡ Dificuldades em manter discurso coerente e em linguagem organizada.
  • Transtornos Psicóticos
    📌 CID-10: F20 (Esquizofrenia).
    📌 CID-11: 6A20.
    📌 DSM-5-TR: Espectro da esquizofrenia.
    ➡ Alterações de pensamento e linguagem desorganizada (neologismos, tangencialidade).
  • Demências
    📌 CID-10: F00 (Alzheimer), F03 (Demência não especificada).
    📌 CID-11: 6D80.
    📌 DSM-5-TR: Transtornos neurocognitivos maiores.
    ➡ Alterações progressivas em fluência verbal, compreensão e nomeação.
  • Mutismo seletivo
    📌 CID-10: F94.0.
    📌 CID-11: 6B06.
    📌 DSM-5-TR: Mutismo seletivo.
    ➡ Criança ou adolescente fala em alguns contextos, mas permanece em silêncio em outros.

Impactos dos Déficits de Linguagem ao Longo da Vida

  • Crianças: atrasos na aquisição da fala e dificuldades escolares.
  • Adolescentes: impacto em socialização, autoestima e rendimento escolar.
  • Jovens: dificuldades em comunicação acadêmica e inserção no mercado de trabalho.
  • Adultos: prejuízos em relações sociais, profissionais e afetivas.
  • Idosos: linguagem empobrecida como marcador de declínio cognitivo.

Estratégias de Reabilitação da Linguagem

  • Terapia fonoaudiológica: essencial em afasias, dislexia e transtornos de fala.
  • Reabilitação neuropsicológica: treino de linguagem expressiva e compreensão verbal.
  • Treino digital: aplicativos e jogos que estimulam nomeação, leitura e fluência verbal.
  • Estímulo social: grupos de conversação e oficinas de comunicação.
  • Técnicas compensatórias: uso de gestos, escrita e comunicação alternativa.
  • Estimulação cognitiva: memória verbal, atenção e prosódia em contextos clínicos.

Benefícios da Reabilitação da Linguagem

  1. Melhora na comunicação interpessoal.
  2. Fortalecimento da aprendizagem escolar e acadêmica.
  3. Inclusão social e redução do isolamento.
  4. Autonomia em contextos profissionais.
  5. Prevenção de agravamento em declínio cognitivo.
  6. Promoção do envelhecimento saudável.

Conclusão

A linguagem é uma das funções cognitivas mais complexas e determinantes da vida em sociedade. Alterações nessa área podem gerar desde dificuldades escolares até isolamento social e perda de autonomia. A boa notícia é que as estratégias de reabilitação demonstram eficácia em restaurar, compensar ou aprimorar habilidades, promovendo inclusão, autoestima e qualidade de vida em todas as idades.

📚 Referências Bibliográficas

  • American Psychiatric Association. (2022). DSM-5-TR: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5ª edição revisada. Porto Alegre: Artmed.
  • Organização Mundial da Saúde (OMS). (2018). CID-11: Classificação Internacional de Doenças. Genebra: OMS.
  • Cheniaux, E. (2015). Manual de Psicopatologia. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
  • Dalgalarrondo, P. (2019). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed.
  • Malloy-Diniz, L. F., Fuentes, D., Mattos, P., & Abreu, N. (2010). Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre: Artmed.
  • Fuentes, D. (2014). Neuropsicologia: Teoria e Prática. 2ª edição. Porto Alegre: Artmed.
  • Diniz, L. F. M., & Abreu, N. (2011). Neuropsicologia Geriátrica. Porto Alegre: Artmed.

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Autoria: Artigo escrito por Juliana Galhardi Martins – Psicóloga & Neuropsicóloga – CRP 06/76313

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