Relações Abusivas – CID 11 6B41

relações abusivas - parte 1
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Relações Abusivas – parte 1 – cid11 6B41

 

Relações abusivas são um problema de saúde pública global que afeta indivíduos de todos os gêneros, idades e classes sociais. A Organização Mundial da Saúde informou que, somente em 2022, cerca de 243 milhões de mulheres foram vítimas de violência por parceiros íntimos. Este dado alarmante sublinha a gravidade do problema e a necessidade de ações imediatas para prevenção e tratamento.

 

Tipos de relações abusivas variam amplamente e podem incluir abuso físico, emocional, psicológico, sexual e financeiro. O abuso físico é frequentemente o mais óbvio, mas as outras formas de abuso podem ser igualmente prejudiciais e, muitas vezes, são mais difíceis de identificar. Os abusadores frequentemente usam táticas de manipulação, intimidação e isolamento para controlar suas vítimas.

 

A solidão emocional imposta por relações abusivas é um aspecto devastador que pode levar a vítima a um estado de isolamento e desesperança. A solidão isolada de um parceiro controlador pode ser usada como uma ferramenta para salvar a vítima de amigos, familiares e recursos de apoio, aumentando sua dependência do abusador.

 

Tipos de relações abusivas

  • Relações abusivas físicas: envolvem o uso da força física para controlar ou dominar o outro. Exemplos incluem:
    • Agressões físicas, como socos, chutes, empurrões ou estrangulamento;
    • Ameaças de violência física;
    • Controle sobre o corpo do outro, como o que ele pode ou não vestir ou comer.
  • Relações abusivas sexuais: envolvem o uso da força ou da coerção para obter sexo. Exemplos incluem:
    • Estupro;
    • Abuso sexual;
    • Coerção sexual, como chantagem ou ameaças para obter sexo.
  • Relações abusivas emocionais: envolvem o uso da manipulação, da intimidação ou da humilhação para controlar ou dominar o outro. Exemplos incluem:
    • Isolamento do outro do mundo exterior;
    • Controle sobre as finanças do outro;
    • Críticas constantes;
    • Censura.
  • Relações abusivas financeiras: envolvem o controle ou a manipulação das finanças do outro. Exemplos incluem:
    • Proibir o outro de trabalhar;
    • Controlar o acesso do outro ao dinheiro;
    • Não permitir que o outro gaste dinheiro com o que quer.

Importância da terapia cognitivo comportamental

A terapia cognitivo comportamental (TCC) é uma abordagem terapêutica que pode ser eficaz no tratamento de pessoas que sofreram com relações abusivas. A TCC ajuda as pessoas a identificar e mudar os padrões de pensamento e comportamento que as levaram a permanecer em relacionamentos abusivos.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem eficaz no tratamento das consequências de relações abusivas. A TCC ajuda as vítimas a refletir e desafiar padrões de pensamento negativo e a desenvolver estratégias de enfrentamento mais saudáveis, capacitando-as a recuperar o controle de suas vidas.

 

Juliana Galhardi Martins

A psicóloga Juliana Galhardi Martins é especialista em terapia cognitivo comportamental para vítimas de violência doméstica. Ela afirma que a TCC pode ajudar as pessoas a superar o trauma de uma relação abusiva, desenvolver a autoestima e construir relacionamentos saudáveis.

Especialistas como a psicóloga Juliana Galhardi Martins enfatizam a importância da identificação precoce dos sinais de uma relação abusiva. Reconhecer os padrões de comportamento abusivo é o primeiro passo para buscar ajuda e iniciar o processo de cura.

 

Diagnóstico, denúncia e tratamento

O diagnóstico de uma relação abusiva pode ser difícil, pois muitas pessoas que sofrem com esse tipo de violência não se reconhecem como vítimas. É importante estar atento aos sinais de alerta, como:

  • Mudanças de comportamento, como isolamento, depressão ou ansiedade;
  • Dificuldade de tomar decisões;
  • Medo ou desconfiança do parceiro;
  • Lesões físicas ou psicológicas.

 

O diagnóstico de uma relação abusiva envolve uma avaliação de padrões de comportamento entre parceiros íntimos. Profissionais de saúde mental usam uma série de ferramentas e questionários para identificar sinais de abuso e avaliar o impacto na saúde mental da vítima.

Se você suspeitar que está em uma relação abusiva, procure ajuda profissional. Você pode denunciar o caso à polícia ou a uma instituição especializada em violência doméstica.

Denunciar uma relação abusiva é um passo crucial, mas pode ser extremamente desafiador. Muitas vítimas têm represálias ou não acreditam que o apoio seja adequado. No entanto, é vital que as vítimas saibam que uma denúncia pode ser um caminho para a proteção e o fim do abuso.

O tratamento para vítimas de relações abusivas deve ser holístico e pode incluir terapia individual, grupos de apoio, serviços legais e, em alguns casos, tratamento médico para lesões físicas. A recuperação é um processo que pode ser longo e difícil, mas com suporte adequado, é possível.

A mídia destacou histórias de pessoas que sofreram relações abusivas, trazendo visibilidade para o problema. Celebridades e figuras públicas que compartilham suas experiências têm um impacto significativo na conscientização e na quebra do estigma associado à denúncia de abuso.

Aqui estão alguns exemplos de relatos na mídia sobre relações abusivas envolvendo pessoas famosas:

Tina Turner : Em sua autobiografia lançada em 2018, Tina Turner descreveu seu casamento com Ike Turner, iniciado em 1960, como abusivo. Ela relatou ter sofrido violência física, mental e sexual por parte de Ike, chegando a cogitar o suicídio .

Sonia Abrão : A apresentadora brasileira Sonia Abrão revelou ter enfrentado um relacionamento abusivo durante sua juventude, descrevendo-o como um período doloroso de sua vida pessoal .

Mariana Goldfarb : A modelo Mariana Goldfarb apareceu em sua rede social Instagram que viveu situações abusivas em um antigo relacionamento. Embora não tenha citado nomes, seu relato obteve ampla repercussão .

Outras famosas : Celebridades como Pocah, Xuxa, Madonna, Lady Gaga e Klara Castanho também compartilham suas experiências com abusos, em um esforço de conscientizar a população e encorajar mais mulheres a denunciarem seus agressores .

Julia Konrad : A atriz Julia Konrad relatou em uma entrevista para a Revista Cláudia em 2020 que foi vítima de estupro conjugal em um antigo relacionamento .

Angelina Jolie: Em 2016, Angelina Jolie pediu o divórcio de Brad Pitt, alegando diferenças irreconciliáveis. Na época, a imprensa divulgou que a atriz havia sido vítima de violência doméstica por parte do ex-marido. Jolie nunca confirmou publicamente essas acusações, mas elas foram corroboradas por testemunhas e documentos judiciais.

Rihanna: Em 2009, Rihanna foi agredida fisicamente por seu então namorado, o cantor Chris Brown. O caso ganhou grande repercussão na mídia e ajudou a conscientizar a população sobre a violência doméstica contra mulheres. Rihanna falou abertamente sobre o caso e lançou uma campanha contra a violência doméstica.

Oprah Winfrey: Em 2018, Oprah Winfrey falou pela primeira vez sobre o abuso sexual que sofreu por parte do seu padrasto. A apresentadora contou que foi abusada sexualmente por ele durante anos, a partir dos 9 anos de idade. O relato de Winfrey foi um importante passo para quebrar o silêncio sobre o abuso sexual infantil.

Selena Gomez: Em 2020, Selena Gomez falou sobre o relacionamento abusivo que viveu com um ex-namorado. A cantora contou que foi emocionalmente e psicologicamente maltratada pelo ex-namorado. Gomez falou sobre a importância de falar sobre relacionamentos abusivos e de buscar ajuda.

Luiza Brunet: Em 2016, Luiza Brunet denunciou o então marido, Lírio Parisotto, por violência doméstica. A modelo contou que foi agredida fisicamente e verbalmente pelo empresário. O caso ganhou grande repercussão na mídia e ajudou a conscientizar a população sobre a violência doméstica contra mulheres.

Demi Lovato: A cantora Demi Lovato declarou que foi vítima de violência física e psicológica por parte de um ex-namorado. Em 2021, Lovato falou sobre o abuso em uma entrevista ao podcast “Armchair Expert”. Ela disse que o ex-namorado a agredia fisicamente e a controlava emocionalmente.

Melissa Benoist: A atriz Melissa Benoist declarou que foi vítima de violência doméstica por parte do seu ex-marido, Blake Jenner. Em 2019, Benoist falou sobre o abuso em um vídeo no seu canal no YouTube. Ela disse que Jenner a agredia fisicamente e emocionalmente.

Christina Aguilera: A cantora Christina Aguilera declarou que foi vítima de violência doméstica por parte do seu ex-marido, Jordan Bratman. Em 2011, Aguilera pediu o divórcio de Bratman e acusou-o de violência física e psicológica.

Ellen DeGeneres: A apresentadora Ellen DeGeneres declarou que foi vítima de abuso sexual por parte de um ex-namorado. Em 2005, DeGeneres falou sobre o abuso em uma entrevista à revista “Vanity Fair”. Ela disse que o ex-namorado a agredia sexualmente.

Michael Jackson: O cantor Michael Jackson foi acusado de abuso sexual por várias crianças. Em 2005, Jackson foi julgado por abuso sexual de um menino de 13 anos. Jackson foi absolvido das acusações, mas a polêmica continuou até sua morte em 2009.

Esses são apenas alguns exemplos dos muitos relatos de relacionamento abusivo de pessoas famosas. É importante falar sobre esse tema para conscientizar a população sobre o problema e ajudar as vítimas a buscar ajuda.

Esses relatos são importantes para aumentar a conscientização sobre as relações abusivas e incentivar outras pessoas que podem estar acontecendo por situações semelhantes a buscar ajuda.

Essas histórias na mídia também mostram que ninguém é imune a relações abusivas, independentemente de fama ou fortuna. Eles têm o poder de inspirar outras vítimas para buscar ajuda e falar sobre suas próprias experiências.

A luta contra relações abusivas é uma responsabilidade coletiva. É essencial promover a educação sobre o tema e incentivar uma cultura de não violência e respeito respeitosa em todas as relações interpessoais.

Ações de conscientização e educação precisam ser direcionadas a jovens e adultos, ensinando sobre o que constitui um relacionamento saudável versus um abusivo. A prevenção começa com a compreensão e o reconhecimento dos sinais de alerta.

Legislações e políticas públicas devem ser fortalecidas para proteger as vítimas e punir os abusadores.

Em um podcast, a influenciadora Mariana Goldfarb fala sobre esse assunto, com a futura Advogada para o azar da psicologia que perdeu um grande talento em escuta qualificada @jojotodynho

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