Transtorno do Espectro Autista – Atualidades – CID 11 6A02

Transtorno do Espectro Autista
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O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. É um transtorno neurobiológico, ou seja, é causado por alterações no cérebro.

Características do TEA

As pessoas com TEA apresentam uma série de características que podem variar de pessoa para pessoa. Algumas das características mais comuns incluem:

  • Dificuldade em se comunicar e interagir com outras pessoas
  • Interesses e atividades restritos
  • Dificuldade em lidar com mudanças
  • Comportamentos repetitivos e estereotipados

 

Diagnóstico do TEA

O diagnóstico de TEA é feito por um profissional de saúde mental, como um psiquiatra, um psicólogo ou um neurologista. O diagnóstico é feito com base em uma avaliação clínica, que inclui uma entrevista com o paciente e com seus pais ou responsáveis, além de testes psicológicos e neurológicos. O diagnóstico de TEA é baseado na observação do comportamento da criança e no relato dos pais ou cuidadores, em adultos, vários critérios e a prevalência de experiência Clínica bem como entrevistas e raciocínio clínico e diagnóstico diferenciado. Já o DSM-5-TR especifica os critérios de diagnóstico para o TEA, que incluem déficits na comunicação social e interações sociais, e a presença de comportamentos, interesses ou atividades restritas e repetitivas.

 

Tratamento do TEA

O tratamento do TEA não tem cura, mas pode ajudar as pessoas com TEA a viver melhor. O tratamento pode incluir:

  • Terapia comportamental
  • Intervenção precoce
  • Educação especial
  • Medicamentos

O tratamento para o TEA deve ser individualizado para atender às necessidades específicas da pessoa. Pode incluir terapias comportamentais, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), terapia ocupacional, fonoaudiologia, e, em alguns casos, medicação para tratar sintomas associados, como ansiedade ou hiperatividade.

 

Critérios diagnósticos de acordo com o DSM-5-TR

O diagnóstico de TEA é feito de acordo com os critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR). O DSM-5-TR classifica o TEA em dois grupos:

  • Transtornos de comunicação e interação social
    • Dificuldade na comunicação não-verbal, como contato visual, expressões faciais, linguagem corporal e gestos
    • Dificuldade em desenvolver e manter relacionamentos sociais
    • Dificuldade em entender e responder às emoções dos outros
  • Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades
    • Interesses e atividades restritos ou obsessivos
    • Comportamentos repetitivos ou estereotipados
    • Dificuldade em mudar rotinas ou situações

 

CID 10 e CID 11

O TEA é classificado no CID-10 (Classificação Internacional de Doenças) como F84.0 (Transtorno autístico) e F84.5 (Transtorno autista de alto funcionamento).

O CID-11 (Classificação Internacional de Doenças, 11ª revisão), que entrou em vigor em 2022, classifica o TEA como 6A02 (Transtorno do espectro autista).

A principal diferença entre o CID-10 e o CID-11 é que o CID-11 classifica o TEA como um transtorno do neurodesenvolvimento, enquanto o CID-10 o classifica como um transtorno mental.

 

Avaliação psicológica

A avaliação psicológica é uma parte importante do diagnóstico e do tratamento do TEA. A avaliação psicológica pode ajudar a identificar as dificuldades e as habilidades da pessoa com TEA, bem como a desenvolver um plano de tratamento adequado.

A psicóloga e neuropsicóloga Juliana Galhardi Martins é especialista em avaliação psicológica. Com mais de 20 anos de experiência, ela é reconhecida por sua competência e dedicação.

A Dra. Juliana utiliza uma abordagem multidisciplinar para avaliar as pessoas com TEA. Ela avalia as habilidades cognitivas, emocionais e sociais da pessoa, além de seu ambiente familiar e escolar.

A Dra. Juliana também oferece orientação e suporte aos pais e familiares das pessoas com TEA. Ela os ajuda a entender o transtorno e a desenvolver estratégias para ajudar seus filhos.

 

Como entender uma pessoa com TEA

Para entender uma pessoa com TEA, é importante conhecer as características do transtorno. É também importante respeitar as diferenças da pessoa e não esperar que ela se comporte como uma pessoa neurotipica.

A adaptação refere-se à capacidade de uma pessoa se ajustar a novas situações ou mudanças em sua rotina. Pessoas com TEA muitas vezes têm dificuldade em se adaptar a mudanças, o que pode se manifestar como resistência a mudanças na rotina, dificuldade em transições de uma atividade para outra, ou dificuldade em aceitar novos alimentos ou roupas, por exemplo.

Aqui estão algumas dicas para entender uma pessoa com TEA:

  • Fale de forma clara e direta.
  • Dê instruções simples e curtas.
  • Seja paciente e compreensivo.
  • Não espere que a pessoa com TEA entenda suas emoções.

Com compreensão e apoio, as pessoas com TEA podem levar uma vida plena e gratificante.

 

De acordo com o DSM-5-TR (2022), Os transtornos do neurodesenvolvimento frequentemente ocorrem concomitantemente; por exemplo, indivíduos com transtorno do espectro autista geralmente têm transtorno do desenvolvimento intelectual (deficiência intelectual) e muitas crianças com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) também têm um transtorno específico de aprendizagem. Os transtornos do neurodesenvolvimento também ocorrem frequentemente com outros transtornos mentais e comportamentais com início na infância (p. Para alguns transtornos do neurodesenvolvimento, a apresentação clínica inclui comportamentos mais frequentes ou intensos quando comparados aos de crianças normais da mesma idade de desenvolvimento e sexo, bem como déficits e atrasos no alcance dos marcos esperados. Por exemplo, o transtorno do espectro autista é diagnosticado apenas quando os déficits característicos de comunicação social são acompanhados por comportamentos excessivamente repetitivos, interesses restritos e insistência em mesmice.

O transtorno do espectro autista é caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e interação social em vários contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social e habilidades no desenvolvimento, manutenção e compreensão de relacionamentos. Além dos déficits de comunicação social, o diagnóstico de transtorno do espectro autista requer a presença de padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos. Como os sintomas mudam com o desenvolvimento e podem ser mascarados por mecanismos compensatórios, os critérios diagnósticos podem ser atendidos com base em informações históricas, embora a apresentação atual deva causar prejuízo significativo.

O transtorno específico de aprendizagem, como o nome indica, é diagnosticado quando há déficits específicos na capacidade de um indivíduo de perceber ou processar informações para aprender habilidades acadêmicas com eficiência e precisão. Esse transtorno do neurodesenvolvimento se manifesta pela primeira vez durante os anos de escolaridade formal e é caracterizado por dificuldades persistentes e prejudiciais no aprendizado de habilidades acadêmicas fundamentais em leitura, escrita e/ou matemática.

No diagnóstico de transtorno do espectro autista, as características clínicas individuais são observadas através do uso de especificadores (com ou sem deficiência intelectual concomitante; com ou sem deficiência estrutural de linguagem concomitante; associada a uma condição genética ou outra condição médica ou fator ambiental; associada a um problema de desenvolvimento neurológico, mental ou comportamental), bem como especificadores que descrevem a gravidade dos sintomas autistas. Esses especificadores fornecem aos médicos a oportunidade de individualizar o diagnóstico e comunicar uma descrição clínica mais rica dos indivíduos afetados. Por exemplo, muitos indivíduos previamente diagnosticados com transtorno de Asperger agora receberiam um diagnóstico de transtorno do espectro do autismo sem linguagem ou deficiência intelectual.

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