CID116A05 TDAH – Desatenção Hiperatividade/Impulsividade e Gravidade

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Compêndio sobre Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)

 

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurodesenvolvimental caracterizado por padrões persistentes de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interferem no funcionamento ou desenvolvimento do indivíduo.

Desatenção

A desatenção se manifesta por:

  • Dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.
  • Desorganização e falta de cuidado com detalhes.
  • Dificuldade em seguir instruções e finalizar tarefas.
  • Evitar tarefas que exigem esforço mental prolongado.
  • Perda frequente de objetos necessários para atividades.
  • Esquecimento em atividades diárias.
  • Facilidade em se distrair com estímulos externos.

Características da Desatenção no TDAH

A desatenção no TDAH não se resume apenas a dificuldades em prestar atenção. Trata-se de um conjunto de sintomas que refletem problemas na função executiva do cérebro, responsáveis pelo planejamento, organização e execução de tarefas. As principais características incluem:

Dificuldade em Manter a Atenção Sustentada: Indivíduos com TDAH frequentemente têm dificuldade em manter a concentração em tarefas prolongadas ou monótonas. Isso pode se manifestar como distração fácil por estímulos externos ou pensamentos internos não relacionados à tarefa em questão.

Desorganização: Há uma tendência a ser desorganizado em atividades e tarefas. Isso pode incluir dificuldades em gerenciar tempo, cumprir prazos e manter espaços de trabalho ou estudo organizados.

Esquecimento Frequente: Esquecer compromissos, tarefas ou atividades diárias é comum. Pode haver uma necessidade constante de lembretes ou listas para acompanhar responsabilidades.

Dificuldade em Seguir Instruções: Pode haver problemas em compreender ou seguir instruções detalhadas, o que pode levar a erros ou tarefas incompletas.

Evitar Tarefas que Exigem Esforço Mental Prolongado: Tarefas que requerem concentração contínua podem ser percebidas como desagradáveis ou cansativas, levando ao adiamento ou à evitação dessas atividades.

Perder Objetos Necessários: Há uma propensão a perder ou extraviar objetos importantes para tarefas ou atividades, como chaves, materiais escolares ou documentos.

Distração por Estímulos Externos: Sons, movimentos ou outros estímulos ambientais podem facilmente desviar a atenção da tarefa atual.

 

Impacto da Desatenção na Vida Cotidiana

A desatenção pode afetar várias áreas da vida de uma pessoa com TDAH:

  • Acadêmico: Dificuldades em manter o foco durante aulas, leituras ou estudos podem levar a um desempenho acadêmico abaixo do esperado, apesar de uma inteligência normal ou acima da média.
  • Profissional: No ambiente de trabalho, a desatenção pode resultar em baixa produtividade, erros frequentes, dificuldade em cumprir prazos e problemas em manter empregos.
  • Social: Esquecimentos e desatenção podem afetar relacionamentos interpessoais, causando mal-entendidos ou aparentando desinteresse pelas necessidades ou conversas dos outros.
  • Segurança Pessoal: A falta de atenção pode aumentar o risco de acidentes, como na direção de veículos ou ao operar máquinas.

 

Bases Neurobiológicas da Desatenção no TDAH

Pesquisas indicam que o TDAH está associado a diferenças na estrutura e função cerebral, especialmente em áreas relacionadas ao controle da atenção e funções executivas, como o córtex pré-frontal. Há evidências de que neurotransmissores como dopamina e noradrenalina desempenham papéis cruciais na modulação da atenção e estão envolvidos na fisiopatologia do TDAH.

 

Avaliação e Diagnóstico da Desatenção

O diagnóstico do TDAH é clínico e requer uma avaliação abrangente:

  • Histórico Clínico Detalhado: Inclui informações sobre o desenvolvimento, comportamento e desempenho acadêmico ou profissional.
  • Entrevistas com Familiares e Professores: Fornecem perspectivas sobre o comportamento do indivíduo em diferentes contextos.
  • Uso de Escalas Padronizadas: Instrumentos como questionários de avaliação do TDAH ajudam a quantificar os sintomas de desatenção.
  • Exclusão de Outras Condições: É importante descartar outras causas potenciais de desatenção, como distúrbios de aprendizagem, transtornos de ansiedade, depressão ou condições médicas.

 

Estratégias de Intervenção para Desatenção

O manejo da desatenção no TDAH geralmente envolve abordagens multimodais:

Intervenção Psicofarmacológica:

  • Psicoestimulantes: Medicamentos como metilfenidato e anfetaminas são frequentemente utilizados e têm eficácia comprovada em melhorar a atenção.
  • Medicamentos Não Estimulantes: Opções como atomoxetina ou guanfacina podem ser consideradas, especialmente em casos de intolerância ou contraindicações aos estimulantes.

Psicoterapia e Intervenções Comportamentais:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ajuda a desenvolver habilidades de organização, gerenciamento do tempo e estratégias para melhorar a atenção.
  • Treinamento em Habilidades Sociais: Pode ser útil para abordar dificuldades interpessoais resultantes da desatenção.

Modificações Ambientais e Educacionais:

  • Ambiente de Estudo Adequado: Minimizar distrações, utilizar listas de verificação e estabelecer rotinas estruturadas.
  • Apoio Educacional: Planos educacionais individualizados, tutoria e acomodações em sala de aula.

Educação e Apoio Familiar:

  • Psychoeducação: Informar a família sobre o TDAH e estratégias para lidar com a desatenção.
  • Treinamento de Pais: Técnicas para reforçar comportamentos positivos e estabelecer limites consistentes.

 

Prognóstico

A desatenção no TDAH pode persistir ao longo da vida, mas com intervenções adequadas, muitos indivíduos conseguem desenvolver estratégias eficazes para gerenciar os sintomas. O reconhecimento precoce e o tratamento apropriado são fundamentais para melhorar o funcionamento geral e a qualidade de vida.

É essencial abordar o TDAH de forma individualizada, considerando as necessidades específicas de cada pessoa. A colaboração entre profissionais de saúde, educadores, famílias e o próprio indivíduo é crucial para o sucesso do tratamento.

 

 

Hiperatividade e Impulsividade

Hiperatividade:

Inquietação (remexer mãos ou pés, não conseguir ficar sentado).

Correr ou escalar em situações inadequadas.

Dificuldade em brincar ou se envolver em atividades silenciosas.

Estar frequentemente “a mil” ou agindo como se estivesse “com um motor”.

Impulsividade:

  • Responder precipitadamente antes das perguntas serem completadas.
  • Dificuldade em esperar a vez em filas ou atividades em grupo.
  • Interromper ou se intrometer em conversas ou jogos alheios.

Características da Hiperatividade no TDAH

A hiperatividade refere-se a um nível de atividade motora acima do esperado para a idade e o contexto do indivíduo. As principais manifestações incluem:

 

Inquietação Motora:

  • Movimentos Excessivos: Agitar mãos ou pés, remexer-se na cadeira.
  • Dificuldade em Permanecer Sentado: Levantar-se frequentemente em situações onde se espera que permaneça sentado, como na sala de aula ou durante refeições.
  • Correr ou Escalar em Situações Inadequadas: Demonstrar comportamentos mais adequados a crianças pequenas, mesmo em idades mais avançadas.
  • Dificuldade em Brincar ou Engajar-se em Atividades Silenciosas: Preferência por atividades que envolvem movimento e ruído, dificuldade em atividades que exigem calma.

 

Estar “A Mil por Hora”:

  • Comportamento Agitado: Atuar como se estivesse “ligado em um motor”, dificuldade em desacelerar.
  • Falar Excessivamente: Pode incluir falar sem parar, dificuldade em esperar a vez de falar.

 

Características da Impulsividade no TDAH

A impulsividade envolve ações precipitadas que ocorrem no momento, sem reflexão prévia ou consideração das consequências. As principais características incluem:

  • Respostas Precipitadas:
    • Responder Antes da Pergunta Ser Completada: Interromper o interlocutor, dificuldade em esperar pela informação completa.
    • Completar Frases de Outros: Interferir nas conversas alheias.
  • Dificuldade em Esperar a Vez:
    • Impaciência em Filas ou Jogos: Dificuldade em aguardar a própria vez em atividades em grupo ou situações que exigem espera.
  • Interrupções e Intromissões:
    • Interromper Atividades Alheias: Intrometer-se em conversas, jogos ou atividades sem ser convidado.
    • Uso Inadequado de Objetos Alheios: Pegar coisas de outros sem permissão.
  • Tomada de Decisões Impulsivas:
    • Engajar-se em Atividades de Risco: Comportamentos potencialmente perigosos sem consideração pelas consequências, como atos imprudentes ou envolvimento em atividades ilegais.

 

Impacto da Hiperatividade e Impulsividade na Vida Cotidiana

A hiperatividade e a impulsividade podem afetar significativamente várias áreas da vida:

  • Acadêmico:
    • Dificuldade em Permanecer Sentado e Focado: Pode resultar em interrupções frequentes, afetando o aprendizado próprio e dos colegas.
    • Comportamento Disruptivo: Pode levar a medidas disciplinares, como suspensões ou expulsões.
  • Profissional:
    • Inquietação no Ambiente de Trabalho: Dificuldade em cumprir tarefas que exigem permanência prolongada em uma posição ou foco sustentado.
    • Impulsividade nas Decisões: Tomada de decisões precipitadas que podem afetar negativamente projetos ou relacionamentos profissionais.
  • Social:
    • Dificuldades em Relacionamentos: Interrupções constantes e impaciência podem ser percebidas como falta de respeito ou interesse pelos outros.
    • Conflitos Interpessoais: A impulsividade pode levar a comentários ou ações inadequadas, causando ofensas ou mal-entendidos.
  • Segurança Pessoal:
    • Risco Aumentado de Acidentes: Atos impulsivos podem resultar em acidentes domésticos, de trânsito ou no trabalho.
    • Comportamentos de Risco: Maior propensão ao uso de substâncias, sexualidade não segura ou atividades ilegais.

 

Bases Neurobiológicas da Hiperatividade e Impulsividade no TDAH

As alterações na neurotransmissão dopaminérgica e noradrenérgica estão associadas à regulação do controle motor e inibitório. Áreas cerebrais como o córtex pré-frontal, responsável pelo controle dos impulsos e planejamento, mostram diferenças estruturais e funcionais em indivíduos com TDAH. Essas diferenças podem explicar a dificuldade em inibir respostas impulsivas e regular a atividade motora.

 

Avaliação e Diagnóstico da Hiperatividade e Impulsividade

O diagnóstico do TDAH requer uma avaliação clínica cuidadosa:

 

Critérios Diagnósticos: De acordo com o DSM-5, é necessário que pelo menos seis sintomas de hiperatividade/impulsividade estejam presentes por pelo menos seis meses, de forma inadequada para o nível de desenvolvimento.

Histórico Comportamental: Relatos de pais, professores e cuidadores sobre o comportamento em diferentes ambientes.

Observação Clínica: Avaliação direta do comportamento do indivíduo em contextos estruturados e não estruturados.

Exclusão de Outras Condições: É fundamental descartar outras condições médicas ou psiquiátricas que possam apresentar sintomas semelhantes, como transtornos de ansiedade, transtorno bipolar ou efeitos colaterais de medicamentos.

 

Estratégias de Intervenção para Hiperatividade e Impulsividade

O tratamento da hiperatividade e impulsividade no TDAH envolve abordagens multidisciplinares:

 

Intervenção Psicofarmacológica:

  • Psicoestimulantes: Aumentam os níveis de dopamina e noradrenalina, melhorando o controle inibitório e reduzindo a hiperatividade.
  • Medicamentos Não Estimulantes: Como a atomoxetina, que atua no sistema noradrenérgico.

 

Psicoterapia e Intervenções Comportamentais:

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ajuda a desenvolver estratégias para controlar impulsos, planejar ações e aumentar a autoconsciência.
  • Treinamento em Autocontrole: Técnicas para reconhecer sinais de impulsividade e implementar mecanismos de controle.

 

Intervenções Psicoeducativas:

  • Educação sobre o Transtorno: Informar o indivíduo e a família sobre a natureza do TDAH e as estratégias para lidar com os sintomas.
  • Estratégias de Manejo Comportamental: Estabelecimento de rotinas, uso de reforço positivo e implementação de sistemas de recompensa.

 

Suporte Educacional e Ocupacional:

  • Ajustes no Ambiente Escolar: Permitir pausas regulares, oferecer tarefas curtas e variadas, assentos em locais com menos distrações.
  • Adaptações no Ambiente de Trabalho: Funções que permitam movimento, tarefas que envolvam dinamismo e interações variadas.

 

Intervenções Familiares:

  • Treinamento de Pais: Técnicas para lidar com comportamentos #hiperativos e #impulsivos, estabelecimento de limites claros e consistentes.
  • Suporte Psicológico: Apoio emocional para lidar com o estresse associado ao manejo do #TDAH na família.

 

 

Prognóstico

A #hiperatividade tende a diminuir com a idade, mas a impulsividade pode persistir na vida adulta, manifestando-se em decisões precipitadas ou dificuldades em planejar e organizar ações. O reconhecimento precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar os impactos negativos na vida do indivíduo.

É importante adotar uma abordagem personalizada, considerando as necessidades e características individuais. A colaboração entre profissionais de saúde mental, educadores, família e o próprio indivíduo é fundamental para o sucesso do tratamento.

 

Comorbidades Associadas

A hiperatividade e impulsividade no TDAH podem estar associadas a outros transtornos:

  • Transtorno Desafiador Opositivo (TDO): Comportamentos de desafio e oposição às figuras de autoridade.
  • Transtorno de Conduta: Violações mais graves das normas sociais e direitos alheios.
  • Transtornos de Humor: A impulsividade pode estar associada a episódios de irritabilidade ou humor instável.
  • Transtornos por Uso de Substâncias: Maior risco de uso precoce e abuso de substâncias como forma de automedicação.

 

 

Gravidade

Leve: Poucos sintomas além dos necessários para o diagnóstico; prejuízos menores no funcionamento social ou ocupacional.

Moderado: Sintomas ou prejuízos funcionais entre “leve” e “grave”.

Grave: Muitos sintomas além dos necessários para o diagnóstico; prejuízos marcantes no funcionamento social ou ocupacional.

 

Classificação da Gravidade no TDAH

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a gravidade do TDAH é classificada em três níveis: leve, moderado e grave. Essa classificação considera a intensidade dos sintomas e o grau de prejuízo funcional resultante.

 

Leve:

    • Sintomas: Poucos sintomas além dos necessários para o diagnóstico.
    • Prejuízo Funcional: Leves dificuldades no funcionamento social ou ocupacional.
    • Impacto Geral: Os sintomas estão presentes, mas causam apenas prejuízos menores na vida cotidiana.


Moderado
:

    • Sintomas: Sintomas ou prejuízos funcionais entre os níveis leve e grave.
    • Prejuízo Funcional: Dificuldades notáveis em múltiplas áreas da vida.
    • Impacto Geral: Necessita de intervenções mais intensivas para manejar os sintomas.

 

Grave:

    • Sintomas: Muitos sintomas além dos necessários para o diagnóstico ou sintomas particularmente severos.
    • Prejuízo Funcional: Prejuízos marcantes no funcionamento social ou ocupacional.
    • Impacto Geral: Os sintomas interferem significativamente na vida diária, exigindo intervenções abrangentes.

 

 

Fatores que Influenciam a Gravidade do TDAH

A gravidade do TDAH não é determinada apenas pelo número de sintomas, mas também por diversos fatores que podem amplificar ou atenuar o impacto dos sintomas:

 

Comorbidades Psiquiátricas:

    • Presença de outros transtornos mentais, como ansiedade, depressão ou transtorno desafiador opositivo, pode agravar o quadro clínico.

 

Ambiente Familiar e Social:

    • Ambientes estressantes, falta de suporte familiar ou conflitos constantes podem intensificar os sintomas.

 

Recursos Individuais:

    • Fatores como inteligência, habilidades sociais e estratégias de enfrentamento influenciam a capacidade de lidar com os sintomas.

 

Acesso ao Tratamento:

    • Diagnóstico precoce e intervenções adequadas podem reduzir a gravidade e melhorar o prognóstico.

 

 

Impacto da Gravidade nos Diferentes Domínios da Vida

A gravidade do TDAH afeta várias áreas do funcionamento do indivíduo:

  • Acadêmico:
    • Leve: Pequenas dificuldades em manter a atenção ou organizar tarefas.
    • Moderado: Desempenho inconsistente, esquecimento frequente de tarefas e dificuldades significativas em acompanhar o ritmo escolar.
    • Grave: Desempenho acadêmico seriamente comprometido, com risco de reprovação ou abandono escolar.
  • Profissional:
    • Leve: Dificuldade ocasional em cumprir prazos ou manter a organização.
    • Moderado: Problemas recorrentes com produtividade, erros frequentes e conflitos com colegas.
    • Grave: Incapacidade de manter um emprego, frequentes demissões e insatisfação profissional.
  • Social:
    • Leve: Pequenas dificuldades em relacionamentos, possivelmente percebido como distraído.
    • Moderado: Problemas em manter amizades, interpretações errôneas de sinais sociais.
    • Grave: Isolamento social, conflitos frequentes, dificuldade significativa em estabelecer e manter relacionamentos.
  • Emocional:
    • Leve: Frustração ocasional, baixa tolerância ao tédio.
    • Moderado: Irritabilidade, baixa autoestima, possíveis sintomas de ansiedade ou depressão.
    • Grave: Instabilidade emocional significativa, alto risco de transtornos de humor.

 

Avaliação da Gravidade

A determinação da gravidade do TDAH é feita através de uma avaliação clínica abrangente:

 

Entrevistas Clínicas:

    • Coleta de informações detalhadas sobre os sintomas e seu impacto na vida diária.

 

Escalas Padronizadas:

    • Utilização de questionários e escalas de classificação para quantificar os sintomas e prejuízos funcionais.

 

Informações de Múltiplas Fontes:

    • Relatos de pais, professores, cônjuges ou colegas de trabalho para obter uma visão completa do comportamento em diferentes contextos.

 

Observação Direta:

    • Avaliação do comportamento do indivíduo em situações clínicas ou naturais.

 

 

Implicações Terapêuticas Baseadas na Gravidade

O nível de gravidade influencia diretamente as estratégias de tratamento:

  • Intervenções para Casos Leves:
    • Psicoeducação: Informar o indivíduo e a família sobre o TDAH.
    • Terapia Comportamental: Técnicas para melhorar a organização, gerenciamento do tempo e habilidades sociais.
    • Apoio Educacional: Pequenas adaptações no ambiente escolar ou de trabalho.
  • Intervenções para Casos Moderados:
    • Medicação: Uso de estimulantes ou não estimulantes para reduzir os sintomas.
    • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Foco em estratégias de enfrentamento e modificação de pensamentos disfuncionais.
    • Suporte Psicossocial: Grupos de apoio, treinamento parental.
  • Intervenções para Casos Graves:
    • Abordagem Multimodal: Combinação de medicação, psicoterapia intensiva e intervenções familiares.
    • Suporte Educacional Especializado: Possibilidade de ensino individualizado ou programas educacionais especializados.
    • Intervenções Ambientais: Ajustes significativos no ambiente doméstico e escolar para reduzir estímulos estressantes.

 

Prognóstico e Gravidade

A gravidade do TDAH pode influenciar o curso e o prognóstico do transtorno:

  • Casos Leves:
    • Geralmente respondem bem a intervenções pontuais.
    • Bom prognóstico com suporte adequado.
  • Casos Moderados:
    • Podem necessitar de tratamento contínuo.
    • Prognóstico positivo com aderência ao tratamento e suporte multidisciplinar.
  • Casos Graves:
    • Risco maior de persistência dos sintomas na vida adulta.
    • Necessidade de intervenções intensivas e monitoramento contínuo.
    • Possibilidade de complicações adicionais, como transtornos de humor ou uso de substâncias.

 

Importância do Diagnóstico e Intervenção Precoces

  • Prevenção de Complicações:
    • Identificar e tratar precocemente pode prevenir o desenvolvimento de comorbidades e reduzir o impacto negativo nos domínios acadêmico, profissional e social.
  • Desenvolvimento de Estratégias de Enfrentamento:
    • Auxiliar o indivíduo a desenvolver habilidades para manejar os sintomas e melhorar o funcionamento diário.
  • Melhoria da Qualidade de Vida:
    • Intervenções adequadas podem aumentar a autoestima, melhorar relacionamentos e promover sucesso acadêmico e profissional.

 

Considerações Culturais e Sociais

  • Estigma e Compreensão do TDAH:
    • A percepção social do TDAH pode afetar o acesso ao tratamento e o suporte recebido.
  • Recursos Disponíveis:
    • A disponibilidade de serviços de saúde mental e suporte educacional varia conforme a região e contexto socioeconômico.
  • Papel da Família e Comunidade:
    • O envolvimento ativo da família e comunidade é crucial para o sucesso das intervenções, especialmente em casos mais graves.

 

Conclusão

A hiperatividade tende a diminuir com a idade, mas a impulsividade pode persistir na vida adulta, manifestando-se em decisões precipitadas ou dificuldades em planejar e organizar ações. O reconhecimento precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar os impactos negativos na vida do indivíduo.

A desatenção no TDAH pode persistir ao longo da vida, mas com intervenções adequadas, muitos indivíduos conseguem desenvolver estratégias eficazes para gerenciar os sintomas. O reconhecimento precoce e o tratamento apropriado são fundamentais para melhorar o funcionamento geral e a qualidade de vida.

É importante adotar uma abordagem personalizada, considerando as necessidades e características individuais. A colaboração entre profissionais de saúde mental, educadores, família e o próprio indivíduo é fundamental para o sucesso do tratamento

A gravidade no #TDAH é um aspecto crucial que determina não apenas o impacto do transtorno na vida do indivíduo, mas também orienta as estratégias de intervenção e prognóstico. Compreender os níveis de gravidade e os fatores que os influenciam permite uma abordagem terapêutica mais eficaz e personalizada, promovendo o desenvolvimento saudável e a integração plena do indivíduo em suas atividades cotidianas.

Eu sou Juliana Galhardi Martins, psicóloga e neuropsicóloga e especialista em Neuropsicologia.

CRP/06/76313

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